Qual é a melhor abordagem do restaurante para navegar no clima atual de forma sustentável?
Outubro 2022.
Uma pesquisa da app Veond em colaboração com a Zomato Portugal.
Numa conversa com Nuno Fernandes (NF), General Manager da Zomato Portugal – a maior plataforma de Food Delivery, Dining e Restaurant Discovery – a tendência é muito animadora.
“Nós precisaremos sempre de comer. E, para muitos, os restaurantes são uma fonte primária de refeições.”
Segundo NF, “As pessoas não vão deixar de ir aos restaurantes. Na verdade, irão ainda com mais frequência. No entanto, isso exigirá um investimento mais forte por parte dos restaurantes para garantir uma experiência melhor e mais exclusiva que
- atraia novos clientes e
- retenha os antigos.”
Os clientes irão esforçar-se mais para escolher um restaurante antes de decidir onde ir. Estes clientes, agora peritos em tecnologia, exigirão garantias sobre se vale a pena ir a esse restaurante específico ou não, antes de realmente se comprometerem a “reservar uma mesa”.
Com base nos relatórios mais atualizados da Zomato, a média de sessões de visualização de um cliente aumentou 3 vezes em comparação com os níveis pré-pandemia. O cliente agora pesquisa 3 vezes mais antes de se comprometer a fazer uma reserva num restaurante específico, e essa pesquisa agora é feita em várias plataformas (ou seja, canais de mídia social, outras plataformas de restaurantes, avaliações etc.).
O que isso significa para um restaurante?
Isso significa que, para um restaurante, a necessidade de ter uma melhor presença online agora é maior do que nunca. Os clientes vão querer ter 100% de certeza de que ir a esse restaurante específico será uma experiência única e que valerá a pena.
O que podemos esperar?
Haverá um aumento na busca pelo tipo de oferta de fast-food, snacking, barato/low cost. Isso provavelmente se traduzirá num aumento para restaurantes de fast-food/baixo custo.
Restaurantes menores/locais provavelmente sofrerão, pois não são super rápidos nem super baratos e também não são considerados uma “experiência única” (provavelmente contarão com o apoio do governo).
Por outro lado, restaurantes com melhor presença online/social, com mais informação em seus cardápios, com informação sobre calorias e ingredientes, com opções veganas/mais saudáveis/com foco sustentável estarão mais bem posicionados para atrair novos clientes e reter os antigos, pois tendem a ser vistos como uma “experiência única e que vale a pena”.
Entrega vs. Refeições no local
Durante o Verão seria de esperar uma diminuição das entregas/takeaways bem como um aumento da procura de restaurantes fora de casa. Essa tendência foi confirmada e as plataformas de delivery lutaram com margens mais baixas desde maio. No entanto, espera-se que isso mude durante o inverno (entre dezembro e meados de fevereiro), quando os clientes provavelmente procurarão mais atividades internas, resultando numa diminuição das refeições fora.
Tendências e Estratégia - Para onde ir e o que fazer?
O número de vagas em restaurantes continua a aumentar. Há mais restaurantes a abrir do que a fechar, o que é muito encorajador. A demanda por melhores práticas online e mais diversidade tem aumentado e os restaurantes que se adaptam a essa realidade navegarão positivamente pelo clima atual. Além disso, de acordo com uma pesquisa recente da Deliveroo, uma variedade de refeições à base de plantas com bons descontos são alguns dos principais diferenciais para os consumidores. Os descontos têm se revelado um grande ponto de sucesso para restaurantes que desejam ter uma maior presença online. É provável que a digitalização da indústria da restauração aconteça a 100% e apenas os restaurantes que embarcarem nessa mudança sobreviverão.
Seja devido à demanda dos consumidores mais experientes em termos tecnológicos ou pela necessidade dos restaurantes em se diferenciarem, estes despertaram para o poder da tecnologia. Agora, mais do que nunca, há a necessidade de os restaurantes diferenciarem a sua marca e a tecnologia será um fator-chave no sucesso futuro desta indústria. Ter como objetivo um novo público, criar maneiras melhores e mais sofisticadas de atrair novos clientes, bem como dar-lhes razões para se tornarem clientes leais será essencial.
Entre dezembro e fevereiro haverá provavelmente uma diminuição de idas a restaurantes, mas ao contrário do que aconteceu durante a pandemia, as empresas são capazes de prever tendências e ajustarem-se/prepararem-se de acordo.
Maiores receitas para os restaurantes enquanto ajudam os consumidores a economizar
Plataformas de pesquisa de restaurantes como a Zomato e a Opentable estão bem posicionadas para apoiar as empresas que navegam positivamente no clima atual. Quer seja por as apoiar com uma melhor presença online ou fornecendo ferramentas para mostrar informações mais detalhadas sobre menus, fornecedores, etc.
Por outro lado, plataformas tecnológicas como a Veond, serão um valioso ativo comercial para restaurantes que desejem apresentar pratos mais saudáveis e sustentáveis para um público em crescimento (ou seja, flexitarianos, vegetarianos ou veganos), além de lhes permitir economizar em custos de produção, focando-se em ingredientes à base de plantas (ou seja, alimentos não processados como frutas, feijões e legumes) que, segundo um estudo recente da Universidade de Oxford, quando comparados com carne, peixe, leite e ovos, têm sido os menos afetados pela inflação, permitindo uma economia de até 1 terço.
WIN WIN: Melhor para a indústria de restaurantes e melhor para o planeta
Alimentos à base de plantas são evidentemente mais baratos que carne ou peixe e agora a diferença pode ser ainda maior. Portanto, com uma pressão tão significativa sobre o orçamento das famílias, é provável que a inflação mude os hábitos alimentares dos consumidores para os mais sustentáveis. A tendência é dos consumidores mostrarem interesse em experiências gastronômicas únicas quando fazem refeições fora, por isso esta é uma grande oportunidade para os restaurantes inovarem, criarem e destacarem novos pratos à base de plantas que os ajudarão a passar pela recessão, contribuindo para uma sociedade mais sustentável.
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Fonte: Estudo da Universidade de Oxford sobre economia em alimentos à base de plantas.